domingo, 29 de maio de 2011

Escambo, o escambau!

Descobri que não sirvo para escambo. Quero dizer, para o escambo que se querem fazer hoje. Talvez aquele escambo que deu origem ao comércio, talvez nesse eu me desse bem. Aquele escambo com o coração capitalista. Acho que sou muito racional. Eu quero trocar algo inutilizado por mim por algo que seria útil. Mas acho que as pessoas que vão (foram) ao escambo atualmente vão tão desprendidas que vão para trocar por qualquer coisa. É mais uma grande festa da troca. Mas eu ainda não consigo trocar assim. Na troca eu penso muito no valor, com a mente de comércio capitalista. Não seria mais fácil, então dar logo as coisas, e sem esperar receber nada em troca? Eu prefiro! Afinal é melhor dar que receber. Pra eu fazer escambo eu preciso ter um coração de uma criança. Quando isso acontecer eu volto numa feira de escambo. Enquanto isso não acontece, eu vou dando o que não uso... Mas se for para trocar, então minha mente se voltará ao comércio. Talvez eu não queira perder, não sei. Mas, então, eu me pergunto: Porque dar é mais fácil que uma troca ´injusta´ - ponto de vista comercial capitalista? Eu não sei. Acho também que eu associo uma troca feita a qualquer modo como uma grande farsa – pra mim. Mas talvez as pessoas queiram mesmo é dar as suas coisas, mas se reúnem para escambo como uma grande desculpa. No fim ou eu não entendi nada, ou seu não sou bom pra isso; ou, então, as duas coisas – o que é mais provável. É isso!

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